segunda-feira, 16 de abril de 2012

Psicologia Feminista e o filme Anjos Rebeldes


O filme Anjos Rebeldes conta a história das mulheres sufragistas americanas do início do século XX. A primeira onda do feminismo contemporâneo é caracterizada pela luta pela conquista do voto. Até então, as mulheres americanas não eram consideradas cidadãs, pois não tinham voz no mundo público. É uma oportunidade para quem não tem familiaridade com a temática feminista, sentir mais de perto a dimensão do movimento político e social de difusão internacional que mudou radicalmente a posição das mulheres no ocidente. Há quem pense que os feminismos (são várias correntes de pensamento e vários grupos de mulheres com causas específicas) morreram. Equívoco acentuado e que demonstra o afastamento de muitas pessoas do engajamento social. A luta aguerrida, os embates, as estratégias políticas, a violência sofrida pelos questionamentos feitos pelas mulheres no filme são um retrato bem fiel da realidade experimentada por aquelas que abraçam causas sociais e se tornam ativistas e líderes. Uma parcela de mulheres em todo o mundo continua lutando e participando de movimentos sociais feministas.
 Depois da conquista do direito ao voto, nos Estados Unidos, assim como em outros países, vieram as demais ondas do feminismo e suas diversas reivindicações. A emancipação feminina ainda está se constituindo nos mais diversos segmentos das sociedades. Estamos no século XXI e se enganam os que pensam que as mulheres se empoderaram suficientemente. Enquanto houver violência contra as mulheres, desigualdades de gênero, falta de isonomia salarial, discriminações das mais diversas, os movimentos feministas em aliança com as psicologias que seguem o paradigma feminista se manterão mais vivos do que nunca. Os movimentos, para fazerem a  transformação social e a Psicologia feminista, enquanto uma prática comprometida, para favorecer o empoderamento das mulheres diante das vulnerabilidades a que se veem ainda confrontadas.

Um comentário:

  1. Ótimo filme que tivemos a oportunidade de assistir juntas. Enquanto houverem mulheres desempenhando um papel, como se apenas um único papel fosse possível, a luta se faz necessária.

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