O que uma Bicicleta tem a ver com Psicoterapia? |
Podemos sim, fazer algumas associações entre o ato de pedalar e o processo psicoterápico. Vamos eleger um primeiro ponto de convergência: a mobilidade. Um deslocamento de bicicleta é uma experiência de interação com o mundo, de reconhecimento dos percursos, das pessoas e do que nos rodeia. Pedalar é uma incursão no movimento que promove a conscientização do nosso corpo, suas dobradiças e pontos de apoio [pés, mãos, ísquios]. Pedalar exige de nós uma certa ousadia para enfrentar a constante alternância entre equilíbrio e desequilíbrio.
A entrada num processo de terapia tem estreita relação com movimento. Uma certa mobilidade psíquica é acionada à medida que a relação terapêutica ganha forma ao longo do processo. Podemos entender a mobilidade psíquica como um estado mental mais fluido, aberto, mutável, flexibilizado. O próprio ato de procurar um profissional já é um início de movimento. A decisão de buscar uma outra forma de lidar com nossos dilemas, por meio de um auxílio profissional, pode ser compreendido como uma saída de um lugar conhecido e uma disposição [= necessidade] para explorar novas possibilidades. É como se ao engrenarmos no processo de terapia começássemos a destravar nossas palavras, ações, sentimentos e pensamentos e os retirássemos da sua fixidez a lugares ditos seguros.
A entrada num processo de terapia tem estreita relação com movimento. Uma certa mobilidade psíquica é acionada à medida que a relação terapêutica ganha forma ao longo do processo. Podemos entender a mobilidade psíquica como um estado mental mais fluido, aberto, mutável, flexibilizado. O próprio ato de procurar um profissional já é um início de movimento. A decisão de buscar uma outra forma de lidar com nossos dilemas, por meio de um auxílio profissional, pode ser compreendido como uma saída de um lugar conhecido e uma disposição [= necessidade] para explorar novas possibilidades. É como se ao engrenarmos no processo de terapia começássemos a destravar nossas palavras, ações, sentimentos e pensamentos e os retirássemos da sua fixidez a lugares ditos seguros.
Colocamos uma bicicleta em movimento através da propulsão humana. Isto envolve vontade própria. Não tem como pormos este transporte não motorizado em movimento se não for literalmente, pelas próprias pernas. Da mesma forma, um processo de psicoterapia não se desenvolve se não estivermos minimamente motivados e decididos a nos vincularmos a ele, apesar de todos os possíveis temores suscitados pela nova experiência.