terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Amizade resolve?

Algumas pessoas pensam que se abrir com os amigos é suficiente e equivalente a conversar com um psicoterapeuta. Uma conversa mais intimista repleta de afeto e atenção que os bons amigos podem nos oferecer, sem dúvida tem valor terapêutico, acolhedor e rico. No entanto, os amigos também precisam ser ouvidos. A reciprocidade é um elemento chave nas relações de amizade. Um outro aspecto inerente a esta relação é uma certa soltura e descompromisso. Os problemas emocionais para se transformarem exigem reflexão, fruto de um trabalho contínuo. Um investimento de tempo considerável por parte de quem os vivencia e que anseia por soluções também se faz necessário. Não cabe aos amigos arcar com a responsabilidade de serem os suportes constantes das nossas dificuldades.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ideias distorcidas


Muitas pessoas se sentem ameaçadas com a ideia de procurar um [a] psicoterapeuta. Associam este [a]profissional com patologias mentais graves.  Será que estou tão desequilibrado [a] assim? O temor em relação à loucura se instala e se torna um obstáculo. Será que meus problemas são suficientes para justificar a busca por psicoterapia? São os problemas que se tornaram insolúveis e angustiantes para as pessoas que os vivenciam, os norteadores mais fiéis para a tomada de decisão. A psicoterapia se apresenta como um "espaço" de reconhecimento, de aceitação e de possibilidade de rearticulação de um mundo interior que pode estar fragilizado.



domingo, 29 de janeiro de 2012

Início do processo

Entrar num processo de psicoterapia pela primeira vez, pode se constituir em uma grande fonte de ansiedade para o [futuro] paciente. Um dos anseios de base, nem sempre claro para a pessoa,  é o desejar ser bem compreendida, não julgada e em última instância aceita. Mas quem é este profissional que o aguarda no consultório? Como se revelar para alguém estranho e ter como expectativa ser acolhido? A situação desconhecida, pode gerar medo, estranheza, desconforto, curiosidade, dúvidas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Solidão

Solidão 
Dificuldade de ficar só, necessidade de um tempo para si, sentimentos de desamparo. Numerosas questões podem ser suscitadas por este estado inerente ao ser humano. Não há fórmulas para lidar com esta realidade existencial que nos iguala a todos. Há um contato constante e gradual que podemos fazer com nosso mundo interno e que pode ser sentido como agradável, difícil, pertubador, instigante. Depende de como funcionamos e como nosso estado de ânimo se encontra naquele momento. O exercício de introspecção que os momentos a sós nos proporcionam assim como a própria psicoterapia, favorecem a observação de nossos pensamentos, nosso modo de reagir, agir e nos deslocarmos nas relações interpessoais. A psicoterapia e a relação terapêutica que estabelecemos com o [a] profissional que acolhe nossas indagações e nos acompanha na jornada que iniciamos durante o processo podem não só amenizar a sensação de solidão que nos envolve, mas também favorecer um contato maior com nossa interioridade e a elaboração de seus conteúdos. Encarar e vivenciar a solidão, usufruir dos seus aspectos positivos e alcançar um manejo mais apossado sobre nós mesmos são possibilidades que se constroem mediante uma vida atenta.  

domingo, 8 de janeiro de 2012

Vida lá fora



Em muitos momentos de nossas vidas podemos vislumbrar beleza por entre as brechas de nossa consciência.Quando estamos presos nos labirintos de nossas mais diversas insatisfações que afetam algumas ou muitas [se não todas] áreas de nossa vida gerando sofrimento, precisamos dar uma pausa. A visão turva  dos acontecimentos de nossa vida relacional pode nos enredar.  Olhar  para dentro de si se constitui  num desafio, um exercíco de coragem e humildade. Reconhecer a necessidade de ajuda, um primeiro passo.