terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Amizade resolve?

Algumas pessoas pensam que se abrir com os amigos é suficiente e equivalente a conversar com um psicoterapeuta. Uma conversa mais intimista repleta de afeto e atenção que os bons amigos podem nos oferecer, sem dúvida tem valor terapêutico, acolhedor e rico. No entanto, os amigos também precisam ser ouvidos. A reciprocidade é um elemento chave nas relações de amizade. Um outro aspecto inerente a esta relação é uma certa soltura e descompromisso. Os problemas emocionais para se transformarem exigem reflexão, fruto de um trabalho contínuo. Um investimento de tempo considerável por parte de quem os vivencia e que anseia por soluções também se faz necessário. Não cabe aos amigos arcar com a responsabilidade de serem os suportes constantes das nossas dificuldades.

É a regularidade das conversas terapêuticas associadas a todo um preparo especializado por parte do profissional e a crescente aliança terapêutica que se estabelece entre paciente e o psicoterapeuta que podem promover um encaminhamento e reformulação das questões trazidas pelo paciente. Muitas das questões iniciais estão atreladas à outras fortemente enraizadas na formação da pessoa e que demandam conscientização gradual e constante. Em suma, fazer psicoterapia individual é focar e trabalhar em profundidade uma trama de questões centrais para o paciente, por meio de uma relação exclusivamente terapêutica que é construída com o psicoterapeuta a cada sessão.


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